sexta-feira, 12 de junho de 2009

Cabo //Vereadores insistem em CPI

Caderno: Política

Minoria na Câmara de Vereadores, os partidos de oposição ao prefeito do Cabo de Santo Agostinho, Lula Cabral (PTB), decidiram recorrer diretamente aos eleitores para tentar viabilizar a chamada CPI do Carro Pipa. Eles criaram um abaixo-assinado e estão recolhendo assinaturas de porta em porta. Com isso, pretendem somar 5% do eleitorado da cidade, o que representa 6.701 pessoas. Havia, até ontem, 5.324 eleitores pedindo que a Câmara instale a CPI, cujo objetivo seria investigar uma denúncia do Ministério Público.

Seis promotores afirmaram que houve fraude numa licitação para locação de carros-pipa, em favor de Érika Islândia Silva Oliveira, que é filha do deputado Everaldo Cabral (PTB) e sobrinha do prefeito.O movimento da oposição ocorre em vários bairros ao mesmo tempo. As caravanas costumam ser puxadas pelos vereadores Ricardo Carneiro, o Ricardinho (PPS), e José de Arimatéia (PMN) e pelo o ex-deputado estadual e maior opositor do prefeito, Betinho Gomes (PSDB). "Queremos que a Câmara não se negue a investigar o que o Ministérito Público já denunciou", disse Gomes.

Recolhidas as 6,7 mil assinaturas, a oposição pretende entregar o documento à Câmara e à Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Seis partidos encabeçam o movimento,batizado de Transparência: PPS, PMN, PSDB, PV, DEM e PMDB.Antes de fazer o porta a porta, as legendas opositoras realizaram atos públicos nos principais bairros e distritos da cidade, quando recolhiam assinaturas. A oposição começou a corrida pelas ruas depois de não conseguir o apoio de quatro vereadores, quantidade mínima exigida pelo regime da Câmara para a instalação da CPI.

Assinaram apenas Ricardinho, José de Arimatéia e José Feliciano de Barros Neto, o Cianinho (PMN). A expectativa era que o vereador Amaro do Sindicato (PRP) aderisse à proposta, mas o diretório regional do seu partido ameaçou expulsá-lo da legenda. No Cabo, o PRP é presidido pelo secretário de Governo, Josadac Miguel. A Prefeitura, por meio da assessoria de imprensa, disse que não comenta o assunto, que estaria no âmbito do Poder Legislativo.

Fonte: Diario de Pernambuco

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