Por Rafael Negrão
Crianças, idosos, mulheres e líderes comunitários protestaram ontem (30/08), no Loteamento Cidade Garapu, contra a atual situação da comunidade. Até o nome do bairro, estão pensando em mudar. “Não somos obrigados a passar por isso, vivemos num manguezal. Chega de sermos tratados com tanta falta de respeito”, exclamou a moradora, Surama Lins.
A dona de casa Neuma Novas contou que fez uma cirurgia muito delicada, e teve que descer do carro para ir andado. “Este ano fui operada, mas quando cheguei aqui, tive que ir andando, porque a lama e os buracos não deixaram o carro passar. E o que me revolta é que meu IPTU está pago”, disse indignada a moradora. No ato, crianças se melaram de lama para simbolizar o drama vivido por toda a comunidade.
“Pagamos impostos e não somos obrigados a viver nessa situação, não temos o direito de chegarmos limpos em nossos trabalhos. Infelizmente o prefeito Lula Cabral não reside aqui, por isso não sente na pele o que passamos”, afirmou o morador Renildo Pedro.
Na ocasião, três atas foram assinadas, a primeira reivindicando da Prefeitura do Cabo, o asfalto do Anel Viário, que corresponde de Garapu até a Vila Claudete. Já a segunda ata, cobra rondas policiais do 18º Batalhão. E a terceira solicita da Compesa água encanada, porque em algumas ruas não têm água nas casas.
Para o vereador Ricardinho (PPS), a situação é caótica, para ele o mangue está mais preservado do que o próprio bairro. “Aqui moram mais de quatro mil famílias, e as pessoas não podem ser tratadas como se fossem bichos, no mangue se tem mais respeito".
No fim do protesto, ficou acertado que os moradores irão amanhã (01/09), às 9h, para a Câmara de Vereadores cobrar uma solução para os problemas. Vai ter um ônibus em frente a madareira para transportar os moradores.
Da assessoria do vereador Ricardinho.